Bem vindos


Galera, utilizo este blog para trocar uma idéia sobre diversos assuntos que me interessam, tais como política, Psicologia, crítica social, marxismo, entre outros. Fiquem a vontade.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Moradores de Planaltina fazem movimento contra a corrupção

A Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, deflagrada em 27 de
novembro, revelou um enorme esquema de corrupção dentro do Governo do
Distrito Federal. Indignados com o escândalo, moradores de
Planaltina-DF criaram um movimento contra a corrupção batizado de
Fórum em defesa de Planaltina. A linha de atuação é suprapartidária,
pluralista e todo mundo pode participar. O objetivo desse grupo, no
primeiro momento, é conscientizar a população e exigir explicações
sobre o envolvimento dos políticos da cidade no esquema de propina
comandado pelo governador Arruda.

O ato aconteceu na manhã de domingo, dia 20, na Feira da cidade.
Muitas pessoas de vários movimentos sociais fizeram panfletagem e
conversaram com a população. O bate-papo, que funciona como termômetro
social, apontou a insatisfação da maioria dos planaltinenses. “É uma
vergonha o que está acontecendo em Brasília. As pessoas querem entrar
na política só para ganhar dinheiro. Ainda por cima desrespeitam a fé,
agradecem o roubo em nome de Deus. Isso é um absurdo”, protestou o
pedreiro Antônio Batista Estrela, morador da Vila Buritis.

O sentimento das pessoas era de traição. O deputado Aylton Gomes
(PR-DF) e o suplente do PP-DF, Berinaldo Pontes, são políticos da
cidade, tiveram boa votação, mas, para o desgosto da população de
Planaltina, foram citados por Arruda e Durval, nas conversas sobre
pagamento de propina, como integrantes do esquema de corrupção. A dona
de casa Deuzalina Pereira da Silva estava enfurecida com o episódio.
Para ela, enquanto os parlamentares se preocupam em ganhar dinheiro de
propina, a cidade não passa por mudanças, não se transforma. “Perto da
minha casa cortaram as árvores e fizeram um lixão. Um descaso total. É
lamentável o que estes governantes têm feito com a cidade”, desabafou.

Mobilização

O Fórum em defesa de Planaltina foi um movimento espontâneo, criado a
partir da insatisfação de muitas pessoas em razão do grande esquema de
corrupção dentro da máquina pública do GDF. Mas a indignação é mais
antiga. Tem se arrastado por 150 anos. É negligência que não acaba
mais. Enquanto os parlamentares da cidade ganham propina, a cidade
perde educação, saúde, cultura e jovens, vítimas da violência. Depois
de tanto descaso, a população de Planaltina se fortalece para mudar
essa realidade triste, cujos números de assassinatos refletem o
tamanho do trabalho que precisa ser feito para mudar este cenário.
Estudantes, professores, artistas, comunicadores, movimentos sociais e
toda a população estão em união, agregando idéias e desenvolvendo
projetos e propostas para melhorar a qualidade de vida do cidadão
planaltinense.

Faça parte desse movimento! O Fórum em defesa de Planaltina luta por
você, luta pela melhoria de nossa cidade. Seja um agente de mudança. A
diferença está em cada um de nós! Atitude já!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Estado e a polícia, para que servem?

Com a crise no governo Arruda estamos vendo para que realmente serve o Estado capitalista e a polícia. O primeiro serve para privilegiar os ricos e poderosos e a polícia, é o único órgão que tem o aval para ser violenta e na verdade não serve para proteger a população, mas sim para proteger os interesses daqueles que estão no poder ou que tem grana, passando por cima de qualquer um, se preciso, inclusive de manifestantes indefesos.
No capitalismo a democracia é apenas um engodo para que a população ache que tem autonomia!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Fora arruda e cia

Ontem fiquei impressionada com a manifestação das pessoas com a votória do Flamengo, quem dera se o povo tivesse esse entusiasmo para se mobilizar contra o sistema e suas falcatruas. Mesmo assim contamos com a participação de muita gente neste grande ato:

terça-feira, 24 de novembro de 2009

As provas do ENADE e ENEM



Rebele-se 07/11/2009

Nesse final de ano muitos estudantes farão as provas do Enade (Exame Nacional de Desempenho do Estudante) que avalia os conhecimentos de alunos que estão no início e final do ensino superior. Várias universidades são avaliadas em diversos cursos. As faculdades, especialmente as particulares, fazem toda uma pressão em torno dos estudantes para que estes tirem boas notas no exame. Parece que de repente essas faculdades percebem que tem que investir em seus alunos. Algumas, como por exemplo, a Unip, “presenteia” seus alunos com pen drives, bolsas de estudos, laptops, tudo para que estes se saiam bem na prova, se dediquem e façam nome para a universidade, pois quando o resultado do Enade é ruim, a faculdade acaba perdendo público, pois muitos acreditam que os alunos se saíram mal por que a faculdade é que não presta.
Outro ponto muito comentado é o de que o Enade não avalia a educação do ensino superior, pois aplicam a mesma prova para todo o Brasil, não levando em consideração as diferenças regionais de nosso país que é enorme.
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) servia para avaliar o desempenho dos alunos que já concluíram ou que estão no terceiro ano do ensino médio. Falo servia, pois hoje em dia os participantes desse exame se preparam de tal forma que o Enem não serve mais como parâmetro para avaliar a qualidade do ensino médio, serve mais como porta de entrada para faculdades públicas e privadas e para que o governo federal mostre índices maravilhosos, porém ilusórios, do desenvolvimento da educação.
Algumas entidades, ligadas ao movimento estudantil (entende-se UNE e UBES) estão defendendo o novo Enem como se esse fosse a salvação da educação no Brasil, mas se esquecem, ou fazem questão de esquecer, que o buraco é bem mais embaixo e que, na verdade, o Enem está passando a ser um novo vestibular, ou seja, mais um obstáculo na vida dos estudantes de baixa renda que pretendem entrar na universidade.

A divisão do trabalho no Brasil


Rebele-se 24/10/2009
Bem, primeiro gostaria de pedir desculpas aos leitores desse blog, pois fiquei um certo tempo sem escreve nele, por que eu estava muito atarefada com as atividades dos meus estudos, mas agora estou de volta.
Algo que percebemos claramente é que o que move o nosso país é a força de trabalho. Os trabalhadores são muito importantes para que o país continue produzindo bens e serviços. Se tivermos um panorama do trabalho em nosso país, veremos que ainda há uma divisão entre aqueles que executam o trabalho e os que pensam no trabalho que será realizado. Os primeiros geralmente são a maioria, tem uma remuneração mais baixa e baixo nível de escolaridade, são os denominados trabalhadores. A segunda categoria de pessoas que trabalham, são na verdade, chamados de profissionais, geralmente cursaram o ensino superior e fazem atividades em que “usam mais a cabeça”, o que é tido como trabalho intelectual.
Em nosso país o trabalho intelectual é imensamente mais valorizado do que o manual, braçal. E é claro que os que estão no poder criam milhares de explicações para justificarem essas divisões, mas o que acontece é que a classe trabalhadora faz um trabalho tão importante quanto o que é realizado pelos profissionais. Como os trabalhadores têm uma remuneração que geralmente não dá para seu sustento, muitos acabam caindo na informalidade, já que conseguir um emprego com carteira assinada é algo que pode ser considerado difícil atualmente.
Além de enfrentarem todos estes problemas os trabalhadores tem que agüentar as investidas da mídia, que coloca a luta desses como algo inútil e desorganizado, sem falar na crise econômica, que está atingindo em cheio as classes mais pobres, da qual fazem parte os trabalhadores. Sabem como é a corda sempre quebra do lado mais fraco.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A polícia na periferia


REBELE-SE 19/09/09
Vivemos em uma sociedade bastante violenta e a presença da polícia realmente se faz necessária, pois muitas vezes a ação militar inibe a atuação dos bandidos. Mas não podemos deixar de ressaltar a diferença de tratamento dado pela polícia do Distrito Federal a população mais pobre e a mais rica.
Na periferia a policia já chega tratando todos como bandidos, principalmente os que são negros,parece que só por morar em locais onde a renda é mais baixa a pessoa já é considerada culpada. Mas nos locais onde a renda da população é maior, a história é outra, a polícia pode até realizar algumas ações, mas não da maneira brutal como entra nas periferias. Como diria a galera do Rappa: "todo camburão tem um pouco de navio negreiro"
Posso relatar um episódio ocorrido na última sexta-feira, em que vários policiais com pistolas na mão estavam perseguindo algumas pessoas, por volta das 14:00, em uma avenida movimentada no bairro em que moro, no momento em que várias pessoas passavam pela rua, inclusive crianças, foram feitos disparos e alguns homens foram presos.
se realizar medidas de segurança realmente eficazes, não basta a polícia entrar na periferia prendendo e assustando as pessoas, são necessárias ações em conjunto com outras áreas, como por exemplo, a geração de ocupação e renda para as população mais pobres, ações em educação, assistência social e cultura, entre outros.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Que independência temos?

REBELE-SE 05/07/2009
No último dia 07 de Setembro ocorreram as comemorações da independência do Brasil, mas devemos nos perguntar que independência é essa? Acho que nenhuma, pois o Brasil é um país que tem o potencial para não mais ser dependente de outro países em muitas coisas, como por exemplo na produção de alimentos e na geração de energia, mas ainda sim somos muito dependentes de outros países, especialmente da economia e dos investimentos dos países mais ricos.
Os trabalhadores também não podem comemorar nenhuma independência, pois são escravos de seus salários, já que dependem deste para continuarem a subsistir. Sim, subsistir, pois com o salário que a maioria da população brasileira possui, não dá para garantir uma vida digna, dá apenas para o mais básico e olhe lá.
Minha cidade também não tem nenhuma independência. Planaltina ainda é dependente do Plano Piloto, a grande maioria das pessoas que moram aqui tem que trabalhar no Plano, pois lá existem maiores chances de renda, esse fato a transforma em uma cidade dormitório.
Depois dessas poucas considerações já percebemos que não há independência nenhuma para ser comemorada, ainda mais aqui no Distrito Federal, onde a festa do 07 de Setembro reuniu muitas pessoas do governo interessadas em fazer propaganda para as eleições do ano que vem e não para pensarem e agirem sobre como melhorar as condições de vida da população.
Um movimento que eu acho massa é o Grito dos Excluídos, que ocorre todo 07 de Setembro na esplanada, em contraposição a festa populista, metida a patriota, que leva o povo a se iludir com os espetáculos do governo, que é a festa do 07 de Setembro.

domingo, 30 de agosto de 2009

A alienação provocada pela televisão



REBELE-SE 29/08/09
Há tempos que a televisão não é mais só uma forma de diversão, pois atualmente as pessoas não assistem TV apenas quando estão com tempo livre, na verdade muitas pessoas deixam de fazer algumas atividades para ficarem horas na frente da televisão.
Este meio de comunicação é muito presente e tenta passar a ilusão de que está divertindo, educando e informando, mas acaba propositalmente, coordenando o pensamento de milhares de pessoas. Na verdade o que a TV faz é alienar, individualizar as pessoas e encher o bolso dos anunciantes e donos de emissoras de dinheiro.
Uma das funções da televisão é manter a população passiva diante de situações que os cidadãos deveriam se rebelar. Outro ponto importante a ser destacado é que a televisão sempre mostra as revoltas populares e os movimentos sociais como coisas ruins que só são feitas por pessoas baderneiras e que estão descontroladas, colocando a população contra as lutas coletivas. Isso se dá por que a TV e a mídia, são um dos braços do capitalismo e as revoltas e manifestações, muitas vezes, vão contra os interesses dos que controlam esse sistema, como a TV está do lado dos capitalistas, qualquer manifestação contrária a lógica do capital é logo mostrada como uma coisa negativa.



Na televisão sempre vemos pessoas bonitas, brancas e ricas como as que são bem sucedidas, criando-se assim, um padrão de ser humano a ser seguido. Os programas de TV também estão sempre mostrando as coisas que estão ligadas aos aspectos mais fúteis da vida, levando os telespectadores a focarem sua atenção em bobagens e não refletirem sobre sua realidade, sobre, por exemplo, a opressão que sofrem do governo ou da própria mídia.
Já há algum tempo que não assisto televisão e pelas idiotices que vejo as pessoas comentarem que passam nela, acho que não estou perdendo nada, pois 99% do que passa na TV é inutilidade, são coisas que só alienam as pessoas de sua própria realidade e atrofiam o cérebro.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vinte anos sem Raul


Hoje fazem vinte anos que Raul Seixas morreu. Lamento muito esse fato, pois posso falar que um cantor que me fez começar a enxergar a vida de maneira mais crítica foi Raul Seixas, pois desde que tinha treze anos eu escuto o cara e nunca enjôo, na verdade tenho sempre vontade de escutar mais.
Para mim Raul Seixas é um graaaaaaaaaande nome da música brasileira, sou fã do cara de carteirinha. Mesmo vivendo em plena ditadura militar Raulzito desafiava os padrões sociais com músicas que colocavam a maneira burguesa de se viver em cheque, que criticavam a vida a prestação da maioria da população, o consumismo, os dogmas cristãos, enfim a vida, na sociedade capitalista.
Bem diferente dos cantores atuais, as músicas de Raul Seixas não são descartáveis, são músicas cheias de misticismo e irreverência, que falam das coisas da vida com profundidade e ao mesmo tempo com irônia. Ainda hoje músicas como Gita, Metamorfose Ambulante, Ouro de tolo, são muito tocadas e a cada dia mais pessoas virão fã do cara. Zeca Baleiro até lançou uma música, chamada Toca Raul, que fala o quanto Raulzito ainda é famoso. Realmente o Raulseixismo ainda vive e viverá para sempre. Pois onde houver alguém indignado com os padrões sociais a serem cumpridos, haverá o som do Raul tocando.
E VIVA A SOCIEDADE ALTERNATIVA

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Aniversário de Planaltina, o que há para comemorar?



Essa é uma pergunta que estou me fazendo essa semana. Bom acho que ainda temos o que comemorar. Gosto de morar em Planaltina, esta é uma cidade tem um potencial turístico pouco explorado. Há aqui o centro histórico, com seus casarões que mostram um pouco da vida da cidade antes da chegada da capital. Há também a Pedra Fundamental, local que é o marco do centro exato do Brasil e que foi construído em comemoração ao centenário da independência de nosso país. Ao norte da cidade temos as Águas Emendadas, local que ainda tem o cerrado preservado, onde é abrigado o tríplice divisor de águas, que é o berço das águas que alimentam o rio São Francisco a Nordeste do Brasil, a bacia Amazônica, a norte e a bacia do Prata ao sul do país. Há também o Vale do Amanhecer, com todo o seu misticismo e religiosidades tão únicos.

Mas a cidade mais antiga do DF, que cresce cada vez mais tem, também diversos problemas, muitos deles em função do descaso do atual governo. Hoje, que é aniversário da cidade, vários políticos estão aproveitando para fazerem campanha, transformando as comemorações em um palanque eleitoral. Algumas obras estão sendo inauguradas, como por exemplo, a praça do estudante. E aí a gente se pergunta por que tantas obras e inaugurações só agora? Por que as eleições estão próximas e o bando de candidatos caôs caôs que tem por aqui, aproveitam para ganharem alguns eleitores.
Essa galera só está fazendo festa por que é aniversário dos 150 anos da cidade e por que querem ganhar votos ano que vem, mas aí a gente e pergunta? E depois que tudo isso passar? Provavelmente as coisas vão voltar a ser como geralmente são: descaso com a educação, saúde de baixíssima qualidade, falta completa de lazer (principalmente para a juventude), pouca segurança, pouca infra estrutura, desemprego, fome, exclusão...
Planaltina precisa de muito mais do que um bando de políticos interesseiros querendo sugar o voto da população, a cidade precisa de investimento e atenção continuamente, para poder chegar aos 200, 250 anos com condições bem melhores para sua população e para seu meio ambiente.

sábado, 15 de agosto de 2009

Congresso Nacional: casa de bandido


Há um tempo atrás eu li em um jornal a seguinte frase, dita por um deputado federal: “no congresso nacional o cara mais otário conserta relógio embaixo d’água com luva de boxe”, ou seja, o congresso é um mata-mata, onde cobra come cobra, um lugar cheio de gente corrupta. Gente que só está lá para se beneficiar e beneficiar aqueles que patrocinaram sua última campanha.
Todo mundo sabe que nossos políticos são muito corruptos. Que eles vêm com aquela lorota de fazer tudo pelo povo, mas na verdade só defendem seus próprios interesses. E agora isso está passando dos limites. Com os escândalos envolvendo Sarney, podemos ver como o senado está falido e só serve para enriquecer esse tipo de bandido.
Sarney é um político bastante poderoso e muito articulado, sua família domina o Maranhão, que é um dos estados mais pobres do Brasil (com certeza a miséria daquele estado, também tem a ver com roubalheira da família Sarney) e agora está difícil de tirarem o cara da presidência do senado.


A minha opinião é que Sarney deve saber das sujeiras de muiiiiiita gente e por isso o governo Lula tem medo de tirá-lo de lá, pois isto poderia trazer sérios prejuízos, ainda mais agora, em ano pré-eleitoral. Com a saída de Sarney do senado o governo Lula poderia perder apoio do PMDB.


E aí as coisas vão segundo assim: os políticos cada dia mais corruptos, os trabalhadores cada vez mais lascados e o Brasil cada dia mais desigual. Como diria uma música do meu querido Bezerra da Silva: “assombração de barraco é o ladrão de gravata e não é marginal.”
FORA SARNEY

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O que você não precisa, mas tem que ter


Já repararam que nas Lojas Americanas tem tudo aquilo que você não precisa, mas que você tem que ter? Eu vivo dizendo essa frase para os meus amigos, pois fico impressionada de ver a selvageria consumista que há nessa loja e também por que a grande maioria dos produtos que são vendidos lá, são coisas que poderíamos passar perfeitamente sem. Mas mesmo assim a loja está sempre lotada. Isso ocorre por que a ênfase para que as pessoas consumam muito e constantemente é bem grande e acabamos sendo induzidos a acreditarmos que necessitamos visceralmente de tais produtos.
Ao se andar pelas Lojas Americanas parece que a gente vai se afogar naquele mar de mercadorias, as prateleiras além de serem altas, são bem próximas umas das outras, fazendo com que as pessoas olhem para vários produtos (isso acontece principalmente na fila do caixa). Parece que os produtos vão se jogar na cesta e fica difícil, para muita gente, resistir a tentação. Pobres consumidores, quando vêem já estão com o carrinho lotado e o cartão de crédito estourado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Detesto Shopping


Se tem algo que eu detesto é ir a shopping. Não é que eu esteja fazendo estilo, mas para mim tudo o que há naquele lugar tem um quê de falso, superficial e desnecessário.
Sei que o que vou escrever nas próximas linhas poderá causar repulsa e estranheza em algumas pessoas. Isso ocorre por que o consumo é algo muiiiito difundido pelas sociedades capitalistas e o shopping é sempre visto como um lugar maravilhoso, que tem tudo de bom, que devemos adorar. Mas para mim é apenas um templo do consumo, e aí já viu né, pregam que o capitalismo é um regime muito tolerante e que preza pela liberdade, mas quando alguém tem uma opinião realmente diferente e que vai contra os dogmas desse sistema, logo vem as retaliações. Bom, mas voltando que eu quero dizer, quando tenho que ir ao shopping, para resolver algum problema ou comprar algo estritamente necessário (sim por que não vou ao shopping por outra razão) sinto um incomodo em ver tantos produtos fetichizados, ou seja, em ver tantas quinquilharias envoltas em mil e uma qualidades, tentando seduzir as pessoas. Me dá uma agonia quando eu vejo a áurea de adjetivos que há em torno das mercadorias, parece até que tais produtos vão fazer a gente se sentir o máximo ou vão resolver todos os nosso problemas. Mas se a gente olhar um pouco mais a fundo veremos que tal coisas nem era tudo isso e que nem precisávamos tanto dela assim.
E a mania que os pais tem de levarem seus filhos ao shopping no fim de ano, no aniversário ou quando estes se saem bem em alguma coisa, não dá para agüentar! Ensinam os moleques a consumirem desenfreadamente e depois reclamam que as crianças não param de pedir ou que estão endividados. Dá para entender?!
E no Natal quando os consumidores selvagens saem a caça, os shoppings ficam lotados, abarrotados de furiosas e frenéticas pessoas, loucas para consumirem tudo o que estiver pela frente. Tenho até medo de passar perto, parece que as pessoas perdem a razão. É capaz me confundirem com um produto e me passarem no caixa!
Para mim os shoppings são a expressão do consumismo capitalista. È um fomentador da alegria passageira, obtida por meio da compra de mais e mais produtos. È um centro de ilusões, vendidas pelo capital.

domingo, 9 de agosto de 2009

Ficarei sem fazer o Rebele-se por algumas semanas

Oi gente, neste sábado não pude fazer o programa Rebele-se, pois estava fazendo estágio obrigatório da facul. Durante algumas das próximas semanas vou ter que realizar este estágio e ficar longe da rádio.
Q pena!
Mas continuo postando aqui, sempre trazendo as minhas idéias para compartilhar com vcs. No próximo sábado vou fazer o Rebele-se e o tema será os 150 anos de Planaltina. Vou falar um pouco da minha cidade, comentando o que há de bom e de ruim em morar aqui.
Aguardem, Rebele-se, dia 17/08 e os 150 anos de Planaltina DF.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os problemas de habitação no Distrito Federal


REBELE-SE 01/08/09
A habitação é um problemão para grande parte dos moradores do DF. Muita gente tem que sacrificar mensalmente boa parte do já tão suado salário para tentar ter um local dessente para morar. Sabemos o quanto é difícil para muitos garantirem a alimentação, imaginem como é penoso para uma família que tem uma renda baixa, retirar dinheiro do orçamento para tentar comprar um lote, pagar aluguel, construir ou reformar.
Ultimamente estamos vendo que o GDF está distribuindo lotes em várias cidades, mas é importante lembrar que o governo está atuando mais nessa área, agora, em um ano pré eleitoral e que em Planaltina e no Gama a maioria dos beneficiados eram pessoas que, com certeza, já tinham condições de financiarem uma casa (o GDF concedeu lotes para professores, bombeiros e policiais com uma renda de até 10 salários mínimos).
Agora eu pergunto: “quem tem uma renda de até 10 salários mínimos e ainda não tem casa própria?” Só não tem se não quiser. Não estou desmerecendo a classe dos professores e bombeiros, mas seria necessário que o governo ajudasse as famílias que mais necessitam primeiro, pois existem pessoas que nasceram no DF e esperam o lote há 20 anos.
A impressão que eu tenho é que tudo é feito pensando-se nas próximas eleições e que a distribuição de lotes é mais uma medida eleitoreira, feita apenas para angariar votos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A degradação da música brasileira

REBELE-SE 25/07/09
Atualmente podemos perceber que a grande maioria das músicas que circulam no Brasil, tratam de apenas dois assuntos: farra e amorzinho. O que é uma pena, pois a variedade musical do nosso país é enorme e está sendo desperdiçada.
Vejamos por exemplo o que aconteceu com o samba. Há alguns anos atrás os sambistas faziam músicas que falavam de diversos temas, tais como a opressão sofrida pelo povo que mora nas favelas, o carnaval, rodas de samba, desencontro amorosos, entre outros. Mas hoje em dia aqueles que dizem cantar samba,mas cantam pagode romântico, só falam do mesmo assunto: amorzinho e relacionamentos desfeitos. O que para mim é uma lástima, pois o samba é um ritmo riquíssimo e que interpreta a vida de uma maneira belíssima. Vejam por exemplo, algumas composições como Filosofia do Samba de Candeia e Timoneiro de Paulinho da Viola.
Outro ritmo muito massa, mas que está na mesma onda que o samba é o reggae. A maioria dos compositores de reggae falavam em suas canções da opressão imposta pelo capitalismo aos mais pobres, falavam também das coisas da natureza, de um estilo de vida mais harmônico. Só que, hoje em dia, a coisa mudou. Já percebemos que alguns cantores e compositores de reggae estão produzindo músicas que só falam de relacionamentos, chega a enjoar! Ninguém agüenta amorzinho o tempo todo!
A música sertaneja também ficou melosa. Antes, por meio do chamado sertanejo de raiz, os compositores desse gênero produziam músicas que falavam sobre a vida do homem no campo, sobre a ligação deste com a natureza, contavam causos, falavam de amor, mas não falavam apenas disto em suas músicas, como está ocorrendo com o tal sertanejo universitário.
O forró também está indo na mesma onda, muitas bandas que dizem fazer forró, na verdade tocam músicas feitas com instrumentos que não tem nada a ver com esse ritmo e só falam de pegação, farra, curtição.
Tenho certeza que isto está ocorrendo com a música brasileira, por que as grandes gravadoras induzem o público a gostar de músicas românticas e músicas de farra (para venderem mais cd’s), obrigando todos a ouvirem sempre a mesma coisa. Tenho a impressão de que as músicas são as mesmas, só muda um pouco o ritmo. Com toda essa dominação da industrial cultural, onde fica o espaço para a criatividade dos músicos e para as manifestações musicais que estão fora dos padrões colocados pelos poderosos das gravadoras?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A intensa Frida Kahlo

Sou apaixonada por artes, principalmente por pintura e música, por isso gostaria de apresentar para vocês, um pouco da história e da obra de Magdalena Carmen Frieda Kahlo Calderón, ou simplesmente, Frida Kahlo, a grande pintora e revolucionária mexicana, que, na dor ou na alegria, viveu seus momentos de forma muito intensa. No final dessa postagem há um link de um arquivo que contém vários quadros, desenhos, fotos de Frida e algumas pinturas de Diego.

Frida Kahlo (1926), fotografada por seu pai Guillhermo Kahlo.


Os meus avós, os meus pais e eu (1936). O quadro mostra a origem alemã de Frida, por parte de pai e mexicana por parte de mãe.


Alto-retrato com vestido de veludo (1926). Primeiro trabalho profissional de Frida, ainda apresenta as influências da arte européia.


Aqui a pintora aparece vestida de homem, isso em 1926. Frida sempre foi uma mulher que desafiou os padrões sociais.


Retabulo (cerca, 1943) Neste desenho Frida fez uns retoques em um quadro com motivos religiosos, para demonstrar o grave acidente que sofreu em 1925.


Frieda Kahlo e Diego Rivera (1930). Um tema constante na obra de Frida, é sua paixão pelo pintor de murais Diego Rivera.


O autocarro (1929). Assim como Diego, neste quadro Frida pinta um tema social, destacando personagens da sociedade mexicana. Estão sentados lado a lado uma jovem parecida com ela, um burguês, uma criança, uma india amamentando seu filho, um trabalhador e uma dona de casa.


Frida e Diego (1929), fotografados por Tina Modotti, em uma manifestação pelos direitos dos artistas.


Frida e Diego (1930), em um apaixonante beijo. A relação entre os dois foi motivo de alegria para Frida, mas também e por muitas vezes, a artista sofreu devido a esse relacionamento.


Retrato de Luther Burbank (1931). Acho esse quadro muito expressivo. Nele Frida mostra o nascimento da vida através da morte, por meio da imagem do horticultor Luther Burbank.


Auto-retrato com trança (1941). Algumas pessoas, ao verem auto-retratos da Frida, falam: “que mulher feia”, acho que essas pessoas dizem isso por que a Frida não se encaixa no padrão de beleza que estamos acostumados. Admiro a maneira como a artista se mostra, pois, por meio de sua figura podemos ver que outras formas de beleza são possíveis e não apenas aquela da mulher branca, magra e com olhos claros. Acho que a figura da Frida valoriza a mulher latino americana.


Auto-retrato (cerca de 1938). Esse quadro é muito bonito, tem um colorido todo especial. Aqui já podemos notar elementos da natureza mexicana. Este foi o primeiro quadro de uma artista mexicana, do século xx a ser comprado pelo Louvre.


Pensando na morte (1943). È impressionante como os mexicanos tem uma visão da morte bem diferente de outros povos. Neste auto-retrato Frida mostra a crença mexicana de que a morte representa renascimento e vida.


Retrato de Dona Rosita Morillo (1944). Esta senhora é mãe de Eduardo Morillo, homem que comprou e encomendou alguns quadros de Frida. Notem a vegetação tipicamente mexicana ao fundo. Acho que os quadros de Frida nos fazem ter orgulho da América Latina.


Auto-retrato com macacos (1943) Diego gostava que Frida se vestisse com roupas tehuanas de mulheres zapotecascomo e a via como uma representante da glória nacional, tanto em sua aparência como em suas obras.


Diego e eu (1949). Frida se interessou por Diego na primeira vez que o encontrou. O pintor era muito mais velho que ela e a artista nutria verdadeira obsessão por este. Amaram-se muito, mas também brigaram, se separaram, tiveram outros parceiros. Em vários quadros, como este, Frida aparece só, com Diego apenas no pensamento.


Frida e Nickolas Murray (cerca de 1939/1940) Aqui Frida aparece com seu amante Nicholas Murray, próxima ao quadro Eu e os meu papagaios. A relação com Murray não durou muito, pois Frida sempre estava lembrando-se de Diego.


A coluna partida (1944). Devido ao acidente que sofreu quando era jovem, Frida sentia diversas dores, principalmente na coluna. Este é um dos quadros mais famosos da artista e parece querer revelar a intensa dor que esta sentia.


O meu vestido está ali pendurado (1933). Frida era comunista e em alguns quadros pintou seu descontentamento com o capitalismo. Neste quadro a artista mostra que o capitalismo americano pode levar a destruição de valores humanos essenciais e a uma desestruturação social.


O marxismo dará saúde aos doentes (cerca de 1954). Outro quadro com um tema político. Neste Frida é libertada de suas muletas pelas mãos do comunismo, Marx aparece ao fundo, ela segura o Capital, enquanto a águia com cabeça de Tio Sam é enforcada.


Auto-retrato (cerca de 1923). Quadro do início da carreira de Frida, ainda bem simples, com traços pouco precisos.


Auto-retrato (1948). Acho este quadro perfeito, podemos perceber como a artista evoluiu como pintora se compararmos com o quadro anterior. Notem a riqueza de detalhes, a distribuição das cores, a expressão de Frida.


O que vi na água (1938). Esse quadro possui elementos de outras pinturas de Frida, parece que, com ele, a artista quis fazer uma retrospectiva de sua vida.


O Sol e a vida (1947). O Sol aparece dando vida a tudo, mas o feto que chora dentro de uma das plantas é o filho que Frida não conseguiu gerar. Não há como falar da arte de Frida sem citar suas experiências pessoais, principalmente as mais doloridas, pois a obra da pintora está repleta de símbolos de suas vivências.


Moisés ou o Núcleo da criação (1945). Esse é o meu quadro preferido da Frida. Notem na riqueza de detalhes, nos personagens como Marx, Jesus, Engels. Frida levou três meses para terminar o quadro, imaginem como deve ter sido trabalhoso pintar cada detalhe.


Flor da vida (1943). Aqui a vida aparece iluminada pelo Sol e a flor expressa a sexualidade de Frida. Talvez mostre também o desejo da pintora de ser mãe, a artista nunca pode ter filhos devido a seus problemas de saúde.


O abraço amoroso entre o universo, a terra (México), eu, o Diego e o Senhor Xolotl (1949). Adoro esse quadro, como em vários outros traz elementos da natureza para demonstrar os sentimentos de Frida. Diego aqui aparece no colo da pintora, sendo maternado por esta, como em outras obras dela.


Frida e Diego (1929), esta foto foi tirada no dia do casamento dos dois, reparem como estão jovens, principalmente Frida.


Frida e Diego (1954), já esta foto revela a passagem do tempo para os dois. Mesmo com uma série de brigas, desavenças, separações e reconciliações, seguiram juntos até o fim da vida.


Frida Kahlo, fotografada por Tony Frissel. Para mim Frida Kahlo é a expressão da mulher latino americana, pois assim como nós ela foi teve que ser forte, para passar por muitas dificuldades; amou; viveu intensamente e sempre lutou por aquilo que acreditava.


Frida (1939), fotografada por Nicholas Murray.

Segue abaixo o link de um arquivo que contém várias imagens de Frida e Diego.

http://rs691.rapidshare.com/files/408073092/Frida_Kahlo.rar

Segue abaixo o link de um arquivo para baixar o Diário de Frida.

http://www.4shared.com/get/9lfkj-ID/e-Book_INGLSPTBR_The_Diary_of_.html;jsessionid=FB9E820AF62047907621B193548A4D72.dc210

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O consumismo desenfreado


REBELE-SE 18 DE JULHO DE 2009
Vivemos em uma sociedade onde as pessoas consomem muito. Claro que em todas as sociedades as pessoas tem que consumir, mas nas sociedades capitalistas, o consumo é o que dita as formas de viver. Pode mais quem consome mais.
Há toda uma cultura que leva as pessoas a consumirem (vejamos datas como Natal e Dia das Mães, momentos que são uma verdadeira farra do consumo) e estas não consomem apenas para satisfazerem necessidades básicas, mas são incentivadas a consumirem continuamente muito mais do que necessitam. O grande lance é que as pessoas nunca estejam satisfeitas, estejam sempre incompletas, o necessitar algo é uma constante, que leva as pessoas a consumirem desenfreadamente, o que, muitas vezes, nem necessitam.
Todos devem consumir o que está disponível, mas na real, poucos podem consumir tanto, as poucas pessoas que podem consumir praticamente tudo o que a sociedade capitalista oferece, são exaltadas e colocadas como um modelo a ser seguido, daí surgem outros problemas, tais como a violência; sentimentos de baixa auto-estima, por pessoas que não podem consumir tanto, dentre outros.
Sabemos que muitas pessoas consomem para sanarem dores existências, para terem um momento de prazer, perante o objeto adquirido, mas essa sensação logo passa e deve ser reposta por um novo objeto, ainda mais novo, mais moderno, que esteja mais na moda. Esse ciclo do consumo tem levado muitas pessoas a adquirirem uma doença, chamada oneomania. Um oneomaniaco é alguém que consome compulsivamente e esta doença muitas vezes é difícil de ser diagnosticada, pois o consumismo desenfreado é de tal forma difundido pela cultura das sociedades capitalistas, que demora-se até que percebam que o consumista está doente.
Outro péssimo fator que o consumismo traz é a degradação da natureza, que está cada dia maior, para que os níveis de produção e de consumo sejam crescentes.
Penso que é possível viver uma vida com um nível baixo de consumo, comprando apenas o que é realmente necessário e não o que fomos induzidos a acreditarmos que necessitamos. Acho que uma dica interessante é fazermos as seguintes perguntas quando formos comprar algo: realmente necessito daquele objeto ou estou comprando para seguir modismo? Estou comprando para sanar angústias que sinto e que são relativas a outras questões? Realmente vou usar tal coisa ou estou sendo levado a comprar pelo prazer de adquirir tal produto?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A ilusória sensação de liberdade


Uma das coisas que ouvimos muito é que somos seres livres, pois vivemos em um sistema onde os sujeitos têm a liberdade de se expressarem, de escolherem que tipo de vida levarão, em quem votarão e que, autoritários e ditatoriais são os outros sistemas econômicos, que não o Capitalismo.
Mas, pensando um pouco sobre o assunto, podemos perceber que as coisas não são bem assim. A todo tempo são impostas coisas que devemos fazer, os mecanismos de coerção da sociedade são vários, porém, bastante sutis. E é aí que está o pulo do gato: a galera que está no poder sacou que atualmente não dá mais para impor as coisas a ferro e fogo, como na época dos regimes ditatoriais. A maneira de se domar as pessoas atualmente é dando para estas a ilusão de que são livres, pois assim os sujeitos, pensando que gozam de liberdade, tem uma tendência a se revoltarem menos e aceitarem mais as coisas.
Vejamos, por exemplo, as eleições, que são vistas como um grande momento da cidadania, da democracia, do exercício do direito de escolha, blá, blá, blá... Podemos pensar que a liberdade que as pessoas tem para escolherem seus candidatos fica comprometida, pois a tendência é que as estas votem nos candidatos que estão nas posições mais altas nas pesquisas, ou seja, as pesquisas acabam induzindo o voto do eleitor, fazendo das eleições um jogo de cartas marcadas, sem muito espaço para escolha.
Outra ilusão que a maioria das pessoas acreditam é que estas tem liberdade de expressão, que podem opinar sobre o que quiserem sem sofrerem represálias. Na verdade a sensação que eu tenho é a de que a mídia manipula as pessoas de tal forma que estas nem tem muitas questões para expressarem, as conversas geralmente são voltadas para os assuntos que a mídia, principalmente a TV coloca. E as que ousam expressar suas idéias e opiniões sobre outros assuntos, sofrem com represálias, mas acho que sofrem muito mais com a indiferença, é como se os assuntos além do que a mídia coloca não importassem e por esse motivo não devessem ser discutidos ou questionados.
Na verdade as pessoas estão sendo controladas o tempo todo, através da moda que dita exatamente como as pessoas devem se vestir; do trabalho que por meio de suas engrenagens aprisiona o homem na luta diária pelo ganha pão; através da cultura do entretenimento vazio, que coloca que tipo de músicas, filmes e artistas as pessoas devem apreciar, sempre pondo de lado aqueles que não estão no topo dos mais vendidos ou mais citados; da religião que diz o deve ou não ser feito. Ou seja, há toda uma estrutura de coerção que dita com que tipo de pessoas os sujeitos irão se relacionar, como criarão seus filhos, que modelos de sucesso deveram seguir para serem felizes, enfim, que tipo de vida deverão levar.
E aí eu me pergunto, onde está a liberdade?