Bem vindos


Galera, utilizo este blog para trocar uma idéia sobre diversos assuntos que me interessam, tais como política, Psicologia, crítica social, marxismo, entre outros. Fiquem a vontade.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A intensa Frida Kahlo

Sou apaixonada por artes, principalmente por pintura e música, por isso gostaria de apresentar para vocês, um pouco da história e da obra de Magdalena Carmen Frieda Kahlo Calderón, ou simplesmente, Frida Kahlo, a grande pintora e revolucionária mexicana, que, na dor ou na alegria, viveu seus momentos de forma muito intensa. No final dessa postagem há um link de um arquivo que contém vários quadros, desenhos, fotos de Frida e algumas pinturas de Diego.

Frida Kahlo (1926), fotografada por seu pai Guillhermo Kahlo.


Os meus avós, os meus pais e eu (1936). O quadro mostra a origem alemã de Frida, por parte de pai e mexicana por parte de mãe.


Alto-retrato com vestido de veludo (1926). Primeiro trabalho profissional de Frida, ainda apresenta as influências da arte européia.


Aqui a pintora aparece vestida de homem, isso em 1926. Frida sempre foi uma mulher que desafiou os padrões sociais.


Retabulo (cerca, 1943) Neste desenho Frida fez uns retoques em um quadro com motivos religiosos, para demonstrar o grave acidente que sofreu em 1925.


Frieda Kahlo e Diego Rivera (1930). Um tema constante na obra de Frida, é sua paixão pelo pintor de murais Diego Rivera.


O autocarro (1929). Assim como Diego, neste quadro Frida pinta um tema social, destacando personagens da sociedade mexicana. Estão sentados lado a lado uma jovem parecida com ela, um burguês, uma criança, uma india amamentando seu filho, um trabalhador e uma dona de casa.


Frida e Diego (1929), fotografados por Tina Modotti, em uma manifestação pelos direitos dos artistas.


Frida e Diego (1930), em um apaixonante beijo. A relação entre os dois foi motivo de alegria para Frida, mas também e por muitas vezes, a artista sofreu devido a esse relacionamento.


Retrato de Luther Burbank (1931). Acho esse quadro muito expressivo. Nele Frida mostra o nascimento da vida através da morte, por meio da imagem do horticultor Luther Burbank.


Auto-retrato com trança (1941). Algumas pessoas, ao verem auto-retratos da Frida, falam: “que mulher feia”, acho que essas pessoas dizem isso por que a Frida não se encaixa no padrão de beleza que estamos acostumados. Admiro a maneira como a artista se mostra, pois, por meio de sua figura podemos ver que outras formas de beleza são possíveis e não apenas aquela da mulher branca, magra e com olhos claros. Acho que a figura da Frida valoriza a mulher latino americana.


Auto-retrato (cerca de 1938). Esse quadro é muito bonito, tem um colorido todo especial. Aqui já podemos notar elementos da natureza mexicana. Este foi o primeiro quadro de uma artista mexicana, do século xx a ser comprado pelo Louvre.


Pensando na morte (1943). È impressionante como os mexicanos tem uma visão da morte bem diferente de outros povos. Neste auto-retrato Frida mostra a crença mexicana de que a morte representa renascimento e vida.


Retrato de Dona Rosita Morillo (1944). Esta senhora é mãe de Eduardo Morillo, homem que comprou e encomendou alguns quadros de Frida. Notem a vegetação tipicamente mexicana ao fundo. Acho que os quadros de Frida nos fazem ter orgulho da América Latina.


Auto-retrato com macacos (1943) Diego gostava que Frida se vestisse com roupas tehuanas de mulheres zapotecascomo e a via como uma representante da glória nacional, tanto em sua aparência como em suas obras.


Diego e eu (1949). Frida se interessou por Diego na primeira vez que o encontrou. O pintor era muito mais velho que ela e a artista nutria verdadeira obsessão por este. Amaram-se muito, mas também brigaram, se separaram, tiveram outros parceiros. Em vários quadros, como este, Frida aparece só, com Diego apenas no pensamento.


Frida e Nickolas Murray (cerca de 1939/1940) Aqui Frida aparece com seu amante Nicholas Murray, próxima ao quadro Eu e os meu papagaios. A relação com Murray não durou muito, pois Frida sempre estava lembrando-se de Diego.


A coluna partida (1944). Devido ao acidente que sofreu quando era jovem, Frida sentia diversas dores, principalmente na coluna. Este é um dos quadros mais famosos da artista e parece querer revelar a intensa dor que esta sentia.


O meu vestido está ali pendurado (1933). Frida era comunista e em alguns quadros pintou seu descontentamento com o capitalismo. Neste quadro a artista mostra que o capitalismo americano pode levar a destruição de valores humanos essenciais e a uma desestruturação social.


O marxismo dará saúde aos doentes (cerca de 1954). Outro quadro com um tema político. Neste Frida é libertada de suas muletas pelas mãos do comunismo, Marx aparece ao fundo, ela segura o Capital, enquanto a águia com cabeça de Tio Sam é enforcada.


Auto-retrato (cerca de 1923). Quadro do início da carreira de Frida, ainda bem simples, com traços pouco precisos.


Auto-retrato (1948). Acho este quadro perfeito, podemos perceber como a artista evoluiu como pintora se compararmos com o quadro anterior. Notem a riqueza de detalhes, a distribuição das cores, a expressão de Frida.


O que vi na água (1938). Esse quadro possui elementos de outras pinturas de Frida, parece que, com ele, a artista quis fazer uma retrospectiva de sua vida.


O Sol e a vida (1947). O Sol aparece dando vida a tudo, mas o feto que chora dentro de uma das plantas é o filho que Frida não conseguiu gerar. Não há como falar da arte de Frida sem citar suas experiências pessoais, principalmente as mais doloridas, pois a obra da pintora está repleta de símbolos de suas vivências.


Moisés ou o Núcleo da criação (1945). Esse é o meu quadro preferido da Frida. Notem na riqueza de detalhes, nos personagens como Marx, Jesus, Engels. Frida levou três meses para terminar o quadro, imaginem como deve ter sido trabalhoso pintar cada detalhe.


Flor da vida (1943). Aqui a vida aparece iluminada pelo Sol e a flor expressa a sexualidade de Frida. Talvez mostre também o desejo da pintora de ser mãe, a artista nunca pode ter filhos devido a seus problemas de saúde.


O abraço amoroso entre o universo, a terra (México), eu, o Diego e o Senhor Xolotl (1949). Adoro esse quadro, como em vários outros traz elementos da natureza para demonstrar os sentimentos de Frida. Diego aqui aparece no colo da pintora, sendo maternado por esta, como em outras obras dela.


Frida e Diego (1929), esta foto foi tirada no dia do casamento dos dois, reparem como estão jovens, principalmente Frida.


Frida e Diego (1954), já esta foto revela a passagem do tempo para os dois. Mesmo com uma série de brigas, desavenças, separações e reconciliações, seguiram juntos até o fim da vida.


Frida Kahlo, fotografada por Tony Frissel. Para mim Frida Kahlo é a expressão da mulher latino americana, pois assim como nós ela foi teve que ser forte, para passar por muitas dificuldades; amou; viveu intensamente e sempre lutou por aquilo que acreditava.


Frida (1939), fotografada por Nicholas Murray.

Segue abaixo o link de um arquivo que contém várias imagens de Frida e Diego.

http://rs691.rapidshare.com/files/408073092/Frida_Kahlo.rar

Segue abaixo o link de um arquivo para baixar o Diário de Frida.

http://www.4shared.com/get/9lfkj-ID/e-Book_INGLSPTBR_The_Diary_of_.html;jsessionid=FB9E820AF62047907621B193548A4D72.dc210

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O consumismo desenfreado


REBELE-SE 18 DE JULHO DE 2009
Vivemos em uma sociedade onde as pessoas consomem muito. Claro que em todas as sociedades as pessoas tem que consumir, mas nas sociedades capitalistas, o consumo é o que dita as formas de viver. Pode mais quem consome mais.
Há toda uma cultura que leva as pessoas a consumirem (vejamos datas como Natal e Dia das Mães, momentos que são uma verdadeira farra do consumo) e estas não consomem apenas para satisfazerem necessidades básicas, mas são incentivadas a consumirem continuamente muito mais do que necessitam. O grande lance é que as pessoas nunca estejam satisfeitas, estejam sempre incompletas, o necessitar algo é uma constante, que leva as pessoas a consumirem desenfreadamente, o que, muitas vezes, nem necessitam.
Todos devem consumir o que está disponível, mas na real, poucos podem consumir tanto, as poucas pessoas que podem consumir praticamente tudo o que a sociedade capitalista oferece, são exaltadas e colocadas como um modelo a ser seguido, daí surgem outros problemas, tais como a violência; sentimentos de baixa auto-estima, por pessoas que não podem consumir tanto, dentre outros.
Sabemos que muitas pessoas consomem para sanarem dores existências, para terem um momento de prazer, perante o objeto adquirido, mas essa sensação logo passa e deve ser reposta por um novo objeto, ainda mais novo, mais moderno, que esteja mais na moda. Esse ciclo do consumo tem levado muitas pessoas a adquirirem uma doença, chamada oneomania. Um oneomaniaco é alguém que consome compulsivamente e esta doença muitas vezes é difícil de ser diagnosticada, pois o consumismo desenfreado é de tal forma difundido pela cultura das sociedades capitalistas, que demora-se até que percebam que o consumista está doente.
Outro péssimo fator que o consumismo traz é a degradação da natureza, que está cada dia maior, para que os níveis de produção e de consumo sejam crescentes.
Penso que é possível viver uma vida com um nível baixo de consumo, comprando apenas o que é realmente necessário e não o que fomos induzidos a acreditarmos que necessitamos. Acho que uma dica interessante é fazermos as seguintes perguntas quando formos comprar algo: realmente necessito daquele objeto ou estou comprando para seguir modismo? Estou comprando para sanar angústias que sinto e que são relativas a outras questões? Realmente vou usar tal coisa ou estou sendo levado a comprar pelo prazer de adquirir tal produto?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A ilusória sensação de liberdade


Uma das coisas que ouvimos muito é que somos seres livres, pois vivemos em um sistema onde os sujeitos têm a liberdade de se expressarem, de escolherem que tipo de vida levarão, em quem votarão e que, autoritários e ditatoriais são os outros sistemas econômicos, que não o Capitalismo.
Mas, pensando um pouco sobre o assunto, podemos perceber que as coisas não são bem assim. A todo tempo são impostas coisas que devemos fazer, os mecanismos de coerção da sociedade são vários, porém, bastante sutis. E é aí que está o pulo do gato: a galera que está no poder sacou que atualmente não dá mais para impor as coisas a ferro e fogo, como na época dos regimes ditatoriais. A maneira de se domar as pessoas atualmente é dando para estas a ilusão de que são livres, pois assim os sujeitos, pensando que gozam de liberdade, tem uma tendência a se revoltarem menos e aceitarem mais as coisas.
Vejamos, por exemplo, as eleições, que são vistas como um grande momento da cidadania, da democracia, do exercício do direito de escolha, blá, blá, blá... Podemos pensar que a liberdade que as pessoas tem para escolherem seus candidatos fica comprometida, pois a tendência é que as estas votem nos candidatos que estão nas posições mais altas nas pesquisas, ou seja, as pesquisas acabam induzindo o voto do eleitor, fazendo das eleições um jogo de cartas marcadas, sem muito espaço para escolha.
Outra ilusão que a maioria das pessoas acreditam é que estas tem liberdade de expressão, que podem opinar sobre o que quiserem sem sofrerem represálias. Na verdade a sensação que eu tenho é a de que a mídia manipula as pessoas de tal forma que estas nem tem muitas questões para expressarem, as conversas geralmente são voltadas para os assuntos que a mídia, principalmente a TV coloca. E as que ousam expressar suas idéias e opiniões sobre outros assuntos, sofrem com represálias, mas acho que sofrem muito mais com a indiferença, é como se os assuntos além do que a mídia coloca não importassem e por esse motivo não devessem ser discutidos ou questionados.
Na verdade as pessoas estão sendo controladas o tempo todo, através da moda que dita exatamente como as pessoas devem se vestir; do trabalho que por meio de suas engrenagens aprisiona o homem na luta diária pelo ganha pão; através da cultura do entretenimento vazio, que coloca que tipo de músicas, filmes e artistas as pessoas devem apreciar, sempre pondo de lado aqueles que não estão no topo dos mais vendidos ou mais citados; da religião que diz o deve ou não ser feito. Ou seja, há toda uma estrutura de coerção que dita com que tipo de pessoas os sujeitos irão se relacionar, como criarão seus filhos, que modelos de sucesso deveram seguir para serem felizes, enfim, que tipo de vida deverão levar.
E aí eu me pergunto, onde está a liberdade?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Planaltina 150 anos e o oportunismo político


No dia 19 de Agosto, Planaltina irá fazer 150 anos. A idade exata da cidade é controversa, mas muitos já estão se preparando para as comemorações e para tirarem proveito dessa data.

Já podemos sentir que há um clima de eleição no ar: nomes de pessoas em carros, acompanhadas de frases de efeito, conchavos políticos, aparições na mídia, entre outros.

Temo, mas não duvido, que a comemoração do aniversário da cidade se torne um palanque eleitoral, para aqueles que pretendem disputar as eleições ano que vem.

Acho que o aniversário da cidade é uma data em que poderemos aproveitar a atenção que a mídia dará a esse fato, para reclamarmos dos problemas pelos quais a cidade passa, para exigirmos mais atuação dos políticos que dizem que trabalham pela cidade e para pensarmos em novos projetos para Planaltina. O aniversário da nossa cidade não deve servir apenas para dar visibilidade a alguns políticos e futuros políticos oportunistas.

REBELE-SE 11 DE JULHO DE 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009



Os problemas da saúde pública no Distrito Federal.

Esta semana no REBELE-SE, falei sobre o caos que a saúde pública do Distrito Federal está. Este fato prejudica principalmente a galera que mora na periferia e não tem dinheiro para pagar um tratamento em um hospital particular.

Além de sofrerem por estarem doentes, as pessoas sofrem também pela demora no atendimento emergencial, na marcação de consultas, pela falta de profissionais e de aparelhos.

Os profissionais da saúde também não têm uma rotina fácil, pois lidam diariamente com o excesso de trabalho, baixos salários e condições ruins nos locais onde atuam.

Enquanto isso o Governo do Distrito Federal investe milhões em obras relativas ao trânsito. Podemos perguntar: o que é mais urgente, a saúde funcionando decentemente ou um monte de obras, que muitas vezes nem tem tanta utilidade?

A minha opinião é que a saúde tem que ser um serviço prioritário e não deve ser tratada como algo de segunda ordem, como está ocorrendo.

REBELE-SE 04/07/09

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Capitalismo


Uma idéia bastante difundida, só que de maneira bem sutil e que é pouco analisada, é a de que sempre existiram patrões e empregados, pobres e ricos, dominadores e dominados e que tudo no mundo sempre teve que ser comprado. Essas idéias são bem perigosas, pois servem para que as pessoas não pensem que em outras épocas históricas existiram outras maneiras de se viver, e que em alguns períodos as pessoas viviam em comunidades, onde os bens eram repartidos por igual.

A idéia de que as coisas sempre foram assim, paralisa a ação transformadora das pessoas, pois se a desigualdade entre os humanos sempre existiu, esta sempre existirá e não há nada o que se possa fazer.

Para mim a coisa não é bem assim, acho que podemos pensar uma vida além do sistema econômico em que vivemos, o Capitalismo. Já tratei desse tema com algumas pessoas e percebi que falar desse assunto: PODE EXISTIR VIDA ALÉM DO CAPITALISMO, soa como um pecado, como algo que não deve ser dito e quando é pronunciado, logo vêm as críticas, tipo essas: “mas se esse sistema econômico acabar vamos voltar a morar nas cavernas”; ou: “isso que você está dizendo é uma ilusão”; ou ainda: “você está louca”. As pessoas parecem agir como verdadeiros soldados do Capital. Não as culpo, pois sei que fomos criados neste sistema e que é difícil (mas não impossível) pensar uma vida além dele.

Considero que a capacidade de pensar é aquilo que nos torna seres humanos e essa capacidade não deve ser reprimida. Podemos usar nossas cabeças para pensarmos novas possibilidades de vida. Inicialmente queria colocar alguns pontos que para mim já mostram o quanto é prejudicial vivermos no Capitalismo, sistema que lesa e muito a maioria dos mortais, em prol do gozo de alguns poucos ricos espalhadas pelo mundo. Para saber mais sobre esse sistema acho que é interessante assistir o documentário Zeitgeist, vi e achei muito bom. Quem for cristão pode se assustar com a primeira parte, mas acreditem, vale pena ver a segunda e principalmente a última parte. Basta clicar no link abaixo e assistir, nem precisa esperar para carregar.

http://video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024

Percebo que nosso sistema econômico, baseado na selvageria do lucro (chamado de livre mercado) e que incentiva o consumo desenfreado, é o responsável pela destruição dos recursos naturais, pois a sede por dinheiro daqueles que sugam o que a natureza oferece, é gigantesca e passa por cima de tudo.

O Capitalismo também leva milhares de pessoas a desenvolverem problemas de saúde, sejam eles físicos (que podem surgir ou se agravar devido a destruição da natureza) e psíquicos, pois faz com que as pessoas vivam sob constante pressão, sempre tentando alcançar padrões de beleza e comportamento socialmente desejáveis, o que muitas vezes gera,também, um vazio existencial tremendo.

Outro fator muito importante é o abismo que existe entre pobres e ricos, provocado por esse sistema econômico que enriquece alguns, para que milhões tenham uma vida de miséria e privações.

Já percebi que mesmo nas rodas de discussão onde as pessoas parecem estar abertas ao diálogo, é difícil tratar de temas que sugerem maneiras de viver sem o Capitalismo. As pessoas geralmente me perguntam de maneira intimidadora: “como vamos fazer isso”? Eu respondo: “não sei, mas se nem pensarmos no assunto, aí é que as coisas vão ficar mais paradas do que já estão.”

Espero que este blog seja um local de encontro daqueles que, como eu, já não agüentam mais guardar as angústias de viver em um sistema que oprime, mata e entorpece de ideologias aqueles que chama de cidadãos.