Galera, utilizo este blog para trocar uma idéia sobre diversos assuntos que me interessam, tais como política, Psicologia, crítica social, marxismo, entre outros. Fiquem a vontade.
No dia 19 de Agosto, Planaltina irá fazer 150 anos. A idade exata da cidade é controversa, mas muitos já estão se preparando para as comemorações e para tirarem proveito dessa data.
Já podemos sentir que há um clima de eleição no ar: nomes de pessoas em carros, acompanhadas de frases de efeito, conchavos políticos, aparições na mídia, entre outros.
Temo, mas não duvido, que a comemoração do aniversário da cidade se torne um palanque eleitoral, para aqueles que pretendem disputar as eleições ano que vem.
Acho que o aniversário da cidade é uma data em que poderemos aproveitar a atenção que a mídia dará a esse fato, para reclamarmos dos problemas pelos quais a cidade passa, para exigirmos mais atuação dos políticos que dizem que trabalham pela cidade e para pensarmos em novos projetos para Planaltina. O aniversário da nossa cidade não deve servir apenas para dar visibilidade a alguns políticos e futuros políticos oportunistas.
REBELE-SE 11 DE JULHO DE 2009
Os problemas da saúde pública no Distrito Federal.
Esta semana no REBELE-SE, falei sobre o caos que a saúde pública do Distrito Federal está. Este fato prejudica principalmente a galera que mora na periferia e não tem dinheiro para pagar um tratamento em um hospital particular.
Além de sofrerem por estarem doentes, as pessoas sofrem também pela demora no atendimento emergencial, na marcação de consultas, pela falta de profissionais e de aparelhos.
Os profissionais da saúde também não têm uma rotina fácil, pois lidam diariamente com o excesso de trabalho, baixos salários e condições ruins nos locais onde atuam.
Enquanto isso o Governo do Distrito Federal investe milhões em obras relativas ao trânsito. Podemos perguntar: o que é mais urgente, a saúde funcionando decentemente ou um monte de obras, que muitas vezes nem tem tanta utilidade?
A minha opinião é que a saúde tem que ser um serviço prioritário e não deve ser tratada como algo de segunda ordem, como está ocorrendo.
REBELE-SE 04/07/09
Uma idéia bastante difundida, só que de maneira bem sutil e que é pouco analisada, é a de que sempre existiram patrões e empregados, pobres e ricos, dominadores e dominados e que tudo no mundo sempre teve que ser comprado. Essas idéias são bem perigosas, pois servem para que as pessoas não pensem que em outras épocas históricas existiram outras maneiras de se viver, e que em alguns períodos as pessoas viviam em comunidades, onde os bens eram repartidos por igual.
A idéia de que as coisas sempre foram assim, paralisa a ação transformadora das pessoas, pois se a desigualdade entre os humanos sempre existiu, esta sempre existirá e não há nada o que se possa fazer.
Para mim a coisa não é bem assim, acho que podemos pensar uma vida além do sistema econômico em que vivemos, o Capitalismo. Já tratei desse tema com algumas pessoas e percebi que falar desse assunto: PODE EXISTIR VIDA ALÉM DO CAPITALISMO, soa como um pecado, como algo que não deve ser dito e quando é pronunciado, logo vêm as críticas, tipo essas: “mas se esse sistema econômico acabar vamos voltar a morar nas cavernas”; ou: “isso que você está dizendo é uma ilusão”; ou ainda: “você está louca”. As pessoas parecem agir como verdadeiros soldados do Capital. Não as culpo, pois sei que fomos criados neste sistema e que é difícil (mas não impossível) pensar uma vida além dele.
Considero que a capacidade de pensar é aquilo que nos torna seres humanos e essa capacidade não deve ser reprimida. Podemos usar nossas cabeças para pensarmos novas possibilidades de vida. Inicialmente queria colocar alguns pontos que para mim já mostram o quanto é prejudicial vivermos no Capitalismo, sistema que lesa e muito a maioria dos mortais, em prol do gozo de alguns poucos ricos espalhadas pelo mundo. Para saber mais sobre esse sistema acho que é interessante assistir o documentário Zeitgeist, vi e achei muito bom. Quem for cristão pode se assustar com a primeira parte, mas acreditem, vale pena ver a segunda e principalmente a última parte. Basta clicar no link abaixo e assistir, nem precisa esperar para carregar.
Percebo que nosso sistema econômico, baseado na selvageria do lucro (chamado de livre mercado) e que incentiva o consumo desenfreado, é o responsável pela destruição dos recursos naturais, pois a sede por dinheiro daqueles que sugam o que a natureza oferece, é gigantesca e passa por cima de tudo.
O Capitalismo também leva milhares de pessoas a desenvolverem problemas de saúde, sejam eles físicos (que podem surgir ou se agravar devido a destruição da natureza) e psíquicos, pois faz com que as pessoas vivam sob constante pressão, sempre tentando alcançar padrões de beleza e comportamento socialmente desejáveis, o que muitas vezes gera,também, um vazio existencial tremendo.
Outro fator muito importante é o abismo que existe entre pobres e ricos, provocado por esse sistema econômico que enriquece alguns, para que milhões tenham uma vida de miséria e privações.
Já percebi que mesmo nas rodas de discussão onde as pessoas parecem estar abertas ao diálogo, é difícil tratar de temas que sugerem maneiras de viver sem o Capitalismo. As pessoas geralmente me perguntam de maneira intimidadora: “como vamos fazer isso”? Eu respondo: “não sei, mas se nem pensarmos no assunto, aí é que as coisas vão ficar mais paradas do que já estão.”
Espero que este blog seja um local de encontro daqueles que, como eu, já não agüentam mais guardar as angústias de viver em um sistema que oprime, mata e entorpece de ideologias aqueles que chama de cidadãos.