Rebele-se 07/11/2009
Nesse final de ano muitos estudantes farão as provas do Enade (Exame Nacional de Desempenho do Estudante) que avalia os conhecimentos de alunos que estão no início e final do ensino superior. Várias universidades são avaliadas em diversos cursos. As faculdades, especialmente as particulares, fazem toda uma pressão em torno dos estudantes para que estes tirem boas notas no exame. Parece que de repente essas faculdades percebem que tem que investir em seus alunos. Algumas, como por exemplo, a Unip, “presenteia” seus alunos com pen drives, bolsas de estudos, laptops, tudo para que estes se saiam bem na prova, se dediquem e façam nome para a universidade, pois quando o resultado do Enade é ruim, a faculdade acaba perdendo público, pois muitos acreditam que os alunos se saíram mal por que a faculdade é que não presta.
Outro ponto muito comentado é o de que o Enade não avalia a educação do ensino superior, pois aplicam a mesma prova para todo o Brasil, não levando em consideração as diferenças regionais de nosso país que é enorme.
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) servia para avaliar o desempenho dos alunos que já concluíram ou que estão no terceiro ano do ensino médio. Falo servia, pois hoje em dia os participantes desse exame se preparam de tal forma que o Enem não serve mais como parâmetro para avaliar a qualidade do ensino médio, serve mais como porta de entrada para faculdades públicas e privadas e para que o governo federal mostre índices maravilhosos, porém ilusórios, do desenvolvimento da educação.
Algumas entidades, ligadas ao movimento estudantil (entende-se UNE e UBES) estão defendendo o novo Enem como se esse fosse a salvação da educação no Brasil, mas se esquecem, ou fazem questão de esquecer, que o buraco é bem mais embaixo e que, na verdade, o Enem está passando a ser um novo vestibular, ou seja, mais um obstáculo na vida dos estudantes de baixa renda que pretendem entrar na universidade.