A cada quatro anos ocorre o que eu chamo de frenezi pré-eleitoral, ou seja, somos obrigados a votar, temos que escutar aquelas musiquinhas insuportáveis de candidatos e agüentar suas intermináveis promessas nos programas eleitorais. Para mim o conceito de democracia, tão aclamado pelos defensores do estado democrático de direito, é um engodo, assim como a noção de liberdade e de justiça para todos.
Colocam na cabeça das pessoas que votando elas estão exercendo a democracia, mas não dizem que, geralmente, ganham as eleições aqueles que tem dinheiro para patrocinar campanhas milionárias, e estes muitas vezes, são de famílias tradicionais, onde o poder é passado junto com gordas heranças. Cito como exemplo os ACM, uma família branca (em um estado de maioria negra, como a Bahia) que tem as origens de seu poder no Brasil das capitanias hereditárias.
Discordo plenamente da forma de democracia representativa. Essa coisa de alguém decidir pela gente como serão as leis, onde o dinheiro será aplicado é muito perigosa e só perpetua o ciclo de desigualdade social, tão presente o Brasil. Acho que a democracia se exerceria verdadeiramente se a população fosse consultada em plebiscitos para decidirem sobre leis importantes, ou se, por exemplo, houvessem conselhos nas cidades, com a participação de todos interessados, para a decisão de que áreas da cidades necessitam de mais investimento.
Com a atuação situação política no Brasil, deixo com vocês um trecho de uma música do sábio Bezerra da Silva, que é o meu desejo nessas eleições:
“E o povão de tanto passa fome
Aprendeu o coreto
Vai votar nulo na eleição
Que é de fato o voto certo”
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